60% dos doentes reumáticos têm má qualidade de vida
Cerca de 60% dos doentes reumáticos têm pior qualidade de vida do que a restante população. Há ainda uma relação clara entre a qualidade de vida e a dor, sendo que são os doentes com fibromialgia os que apresentam pior qualidade de vida, seguindo-se os que sofrem de osteoartrose e artrite reumatóide, revela um estudo do Instituto Português de Reumatologia (IPR), citado pela Cooprofar, em comunciado de imprensa.
A Reumatologia é o tema a abordar num curso de formação que a Cooprofar vai promover em colaboração com o IPR. A parceria para esta acção formativa resulta de um protocolo firmado entre as entidades e que prevê várias iniciativas conjuntas.
"Conceitos Básicos e Aconselhamento em Reumatologia" dá nome ao curso técnico-científico destinado a toda à equipa da Farmácia no sentido de aprofundarem conhecimentos e competências nesta área.
Com a duração de sete horas, a formação obedece ao conceito de descentralização das acções formativas que a Cooprofar promove, por isso, realiza-se nas instalações da Cooprofar em Gondomar (15 de Maio), no Hotel Meliá Ria em Aveiro (22 de Maio) e em Alcochete (29 Maio).
Segundo o Departamento de Formação da Cooprofar, o conteúdo programático espelha a evolução rápida dos conhecimentos nas diversas áreas que se cruzam com a reumatologia. O objectivo é o de abordar, de forma multidisciplinar, a clínica e a terapêutica das doenças reumáticas no sentido de dotar o profissional farmacêutico com o melhor aconselhamento ao utente.
Breves noções de Semiologia em Reumatologia; Osteo-artrose e outras Patologias articulares degenerativas; Osteoporose e outras doenças metabólicas; Espondilite Anquilosante, Artrite Psoriática e outras Espondilartropatias; Artrite Reumatóide e outras doenças reumáticas inflamatórias; Síndromas Músculo-Esqueléticos difusos – Fibromialgia são algumas das áreas a abordar.
As doenças reumáticas atingem mais de 20% da população e são das principais responsáveis pelos elevados custos com a saúde, seja em consultas, exames, medicamentos ou cuidados de reabilitação.
Além disso, segundo o Programa Nacional contra as Doenças Reumáticas "ocupam o 2º ou 3º lugar dos encargos decorrente do consumo de fármacos; constituem a primeira causa de incapacidade temporária; são responsáveis por 17% dos casos de acamamento definitivo, por 43% dos dias de absentismo laboral por doença e estão ainda na origem do maior número de reformas antecipadas por doença, ou seja, 35% a 41% do seu total".
Manter um estilo de vida saudável, fazer exercício físico e identificar precocemente os sinais de alerta, são formas importantes de diminuir a possibilidade de desenvolver doenças reumáticas, adverte o IPR.
2010-04-28 | 10:02
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