10/08/2010 10h14
Não parece haver qualquer associação entre a vacinação de rotina em adultos e o risco aumentado de desenvolver artrite reumatóide. A notícia foi destaque da edição revista Annals of the Rheumatic Diseases.
Pesquisadores suecos, liderados por Camilla Bengtsson, do Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, analisaram o histórico de vacinação de 2.000 pessoas, com idades entre 18 e 70 anos. Neste grupo, estavam pessoas com artrite reumatóide e pessoas sem a doença.
Nos históricos de vacinação analisados pelos cientistas estavam vacinas contra a gripe, o tétano, a difteria, a encefalite transmitida por carrapatos, a poliomielite, o pneumococo e a hepatite A, B e C. Os resultados mostraram que o tipo ou o número de vacinas que uma pessoa toma não tem impacto sobre a probabilidade de desenvolver artrite reumatóide.
Segundo Bengtsson, “este resultado não exclui a possibilidade de que as vacinas dadas, mais cedo na vida, ou as vacinas que são raras possam provocar o desenvolvimento da artrite reumatóide. Mas, de uma maneira geral, nossos estudos nos fazem considerar improvável que as vacinas sejam consideradas fatores de risco para o aparecimento da artrite reumatóide”.
Para o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo), “as conclusões do estudo sueco nos auxiliam no dia-a-dia, pois combatem uma crença muito comum e equivocada: a de que, a longo prazo, as vacinas podem afetar o sistema imunológico e ‘atacar o organismo’, provocando condições inflamatórias, como a artrite reumatóide”, diz.
A crença é uma forma de conhecimento popular revestida de convicção, confiança e alto grau de certeza, a respeito de um determinado fenômeno ou objeto. “As crenças em saúde, apesar de muitas vezes não corresponderem ao conhecimento científico, não necessitam de comprovação para serem aceitas e incorporadas ao repertório popular. Essa integração ao contexto cultural ocorre em conseqüência da repetição do que se acredita verdadeiro nos contatos individuais e informais dos grupos sociais, ao longo do tempo”, explica o médico.
Assim, o conhecimento popular se difunde. As crenças, conhecimentos, atitudes, valores, emoções e condições sócio-ambientais constituem-se em determinantes da conduta da população em relação à saúde. “Em outras palavras, a forma de acreditar do indivíduo impõe influências restritivas ou libertadoras ao seu processo de decisão e ação, no que diz respeito à promoção da saúde, à prevenção de doenças e ao tratamento de determinadas moléstias”, defende o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti.
Segundo o diretor do Iredo, concepções errôneas e mitos populares relacionados à saúde estão presentes nos mais variados extratos sociais. Em mais de duas décadas exercendo a medicina, o reumatologista revela que já teve que desmistificar muitas falsas crenças. “A consulta médica, às vezes, se transforma numa aula, pois, em alguns casos, o paciente necessita mais de informação correta do que de medicamentos. O estudo sueco tem implicações práticas sobre as recomendações a respeito de vacinas que os médicos devem repassar à população em geral, e em especial, aos pacientes com risco de desenvolver artrite reumatóide, como filhos de pais com a doença”, diz o médico.
Pesquisadores suecos, liderados por Camilla Bengtsson, do Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, analisaram o histórico de vacinação de 2.000 pessoas, com idades entre 18 e 70 anos. Neste grupo, estavam pessoas com artrite reumatóide e pessoas sem a doença.
Nos históricos de vacinação analisados pelos cientistas estavam vacinas contra a gripe, o tétano, a difteria, a encefalite transmitida por carrapatos, a poliomielite, o pneumococo e a hepatite A, B e C. Os resultados mostraram que o tipo ou o número de vacinas que uma pessoa toma não tem impacto sobre a probabilidade de desenvolver artrite reumatóide.
Segundo Bengtsson, “este resultado não exclui a possibilidade de que as vacinas dadas, mais cedo na vida, ou as vacinas que são raras possam provocar o desenvolvimento da artrite reumatóide. Mas, de uma maneira geral, nossos estudos nos fazem considerar improvável que as vacinas sejam consideradas fatores de risco para o aparecimento da artrite reumatóide”.
Para o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo), “as conclusões do estudo sueco nos auxiliam no dia-a-dia, pois combatem uma crença muito comum e equivocada: a de que, a longo prazo, as vacinas podem afetar o sistema imunológico e ‘atacar o organismo’, provocando condições inflamatórias, como a artrite reumatóide”, diz.
A crença é uma forma de conhecimento popular revestida de convicção, confiança e alto grau de certeza, a respeito de um determinado fenômeno ou objeto. “As crenças em saúde, apesar de muitas vezes não corresponderem ao conhecimento científico, não necessitam de comprovação para serem aceitas e incorporadas ao repertório popular. Essa integração ao contexto cultural ocorre em conseqüência da repetição do que se acredita verdadeiro nos contatos individuais e informais dos grupos sociais, ao longo do tempo”, explica o médico.
Assim, o conhecimento popular se difunde. As crenças, conhecimentos, atitudes, valores, emoções e condições sócio-ambientais constituem-se em determinantes da conduta da população em relação à saúde. “Em outras palavras, a forma de acreditar do indivíduo impõe influências restritivas ou libertadoras ao seu processo de decisão e ação, no que diz respeito à promoção da saúde, à prevenção de doenças e ao tratamento de determinadas moléstias”, defende o reumatologista Sergio Bontempi Lanzotti.
Segundo o diretor do Iredo, concepções errôneas e mitos populares relacionados à saúde estão presentes nos mais variados extratos sociais. Em mais de duas décadas exercendo a medicina, o reumatologista revela que já teve que desmistificar muitas falsas crenças. “A consulta médica, às vezes, se transforma numa aula, pois, em alguns casos, o paciente necessita mais de informação correta do que de medicamentos. O estudo sueco tem implicações práticas sobre as recomendações a respeito de vacinas que os médicos devem repassar à população em geral, e em especial, aos pacientes com risco de desenvolver artrite reumatóide, como filhos de pais com a doença”, diz o médico.
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