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18 de agosto de 2010

Dor crônica tem conseqüências psicológicas além de físicas


Melanie Thernstrom saiu para nadar e começou a sentir uma dor no pescoço que descia pelo seu ombro até a mão direita. Ela visitou dois médicos, mas acabou indo, depois, em um neurologista, que disse que a dor provavelmente melhoraria com o tempo.Na época em que isso aconteceu, ela tinha 32 anos. Hoje, com 46, ela ainda tem que lidar com a dor.
Em todo o mundo, a dor crônica afeta uma proporção maior de mulheres do que homens. Não só elas têm mais dor, como têm mais dificuldades por causa disso do que os homens.
A dor crônica na mulher também é mais intensa e duradoura do que nos homens. A dor causada por doenças como fibromialgia, artrite reumatóide e síndrome do intestino irritável são todas mais comuns em mulheres do que homens.
Uma possível razão das mulheres terem de suportar este fardo de dor são os hormônios. O ciclo menstrual pode estar associado com as mudanças no desconforto das mulheres com dor crônica.
Cientistas também descobriram que as mulheres que sofrem com cólicas menstruais passam por mudanças significativas na estrutura do cérebro. Outros estudos descobriram mudanças anormais na estrutura do cérebro de pessoas com distúrbios como dor crônica nas costas e síndrome do intestino irritável. Mas eles ainda não sabem o que significam essas mudanças, ou se elas são reversíveis.
Uma pesquisa descobriu que pessoas com dor crônica têm neurônios demais em certas regiões do cérebro, o que poderia levar a danos permanentes. Isto pode explicar os resultados de outros estudos que ligavam a dor crônica à depressão.
As mulheres se concentram nos aspectos emocionais da dor, se preocupam com a forma que ela irá afetar as suas responsabilidades, enquanto os homens se concentram no aspecto sensorial. É por isso que é especialmente importante para os médicos ajudar mulheres a desafiar os seus pensamentos negativos que tornam a situação da doença pior.
Segundo os pesquisadores, aconselhamento psicológico para pessoas com dor crônica pode ajudar ospacientes a “resignificar” a forma como eles vêem a sua dor e a enfrentar as consequências disso em outras áreas de suas vidas.
Em geral, as mulheres são mais dependentes dos amigos e familiares para lidar com a dor crônica do que os homens. Mas, em todos os casos, os médicos dizem que o mais cedo que você começar a tratar a doença, melhor. [CNN]


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