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5 de junho de 2010

Fibromialgia difícil de diagnosticar



Um estudo internacional, apresentado este mês em Paris, revela que os doentes com fibromialgia esperam entre 1,9 e 3,7 anos (Espanha), e consultam dois a quatro médicos, até a doença ser diagnosticada, desde o dia em que se queixam pela primeira vez dos seus sintomas. Também dois terços dos médicos de clínica geral e metade dos especialistas declararam que a fibromialgia é "muito difícil" de diagnosticar.


Estima-se que a fibromialgia atinja 3,6 por cento da população portuguesa, com maiorprevalência nas mulheres (87 por cento).

Patrocinado pela Pfizer, o estudo foi conduzido em oito países, com base num inquérito a 800 doentes e 1622 médicos. Em todos os países europeus, e no México, a maioria dos doentes declarou que a síndrome tem um impacto "forte" e "muito forte" na sua qualidade de vida (82 por cento em Espanha e na Holanda).

Na Europa, um em cada cinco doentes afirma não conseguir trabalhar e auferir o rendimento habitual devido ao impacto da sua fibromialgia.

A fibromialgia é uma doença reumática de causa desconhecida e naturezafuncional que origina dores generalizadas nos tecidos moles, sejam músculos, ligamentos ou tendões, não afectando as articulações, ou os ossos. A dorcausada é acompanhada por alterações quantitativas e qualitativas do sono, fadiga, cefaleias e alterações cognitivas, por exemplo a perda de memória e dificuldade de concentração, irritabilidade e, em cerca de 1/3 dos casos, dedepressão.

De acordo com Cristina Seabra, da Associação Myos, ao nível do posto de trabalho, "as tarefas são habitualmente bem toleradas por um curto período de tempo, mas serão factores de agravamento se efectuadas durante demasiado tempo".

Para este trabalhadores, "a rotatividade durante um dia de trabalho, e a flexibilidade de horários" é recomendada.

O conhecimento dos sinais de alerta torna possível a intervenção precoce e as prevenções secundária e terciária, evitando o agravamento da fibromialgia. Estão identificadas as características da personalidade pró-dolorosa: trabalhadores dedicados, indivíduos com actividade excessiva, perfeccionismo compulsivo, entre outras. Em Portugal, Margarida Barroso e Maria Elisa são duas conhecidas figuras públicas que sofrem de fibromialgia.

Contactos: Myos - Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica www.myos.pt


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