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5 de junho de 2010

Doenças reumáticas: o que dizem os portugueses



Estudo diz que um em seis portugueses afirma padecer destas doenças


    Um em cada seis adultos portugueses declara sofrer de doença reumática, revela o relatório do Observatório Nacional das Doenças Reumáticas (ONDOR), que será apresentado na quarta-feira na Universidade Nova de Lisboa, escreve a Lusa.
    De acordo com o estudo, intitulado «O estado da Reumatologia em Portugal», esta é uma patologia que atinge mais as mulheres e tende a aumentar com a idade.
    O mesmo relatório demonstra que o número de hospitais e centros hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com prestação de cuidados em Reumatologia aumentou de 14 para 23 entre 2004 e 2009, sendo que no ano passado existiam 95 reumatologistas em funções no SNS e 36 internos em formação.
    O relatório do ONDOR concluiu ainda que o consumo de medicamentos para o aparelho locomotor cresceu cinco por cento entre 2004 e 2008. Aumentaram ainda as consultas e internamentos em Serviços ou Unidades de Reumatologia.
    Entre as patologias reumáticas mais frequentes nos portugueses está, segundo o estudo, a dor lombar, que afecta cerca de metade da população adulta. Os dados recolhidos indicam que 10 por cento da população sofre de lombalgia crónica e oito por cento das crianças em idade escolar referem raquialgia (dores na coluna vertebral).
    Um terço das mulheres em Portugal continental com idade entre 55 e 64 anos referiu história de osteoporose, tendo sido notório, entre 2004 e 2008, o crescimento do consumo de medicamentos que atuam no osso e no metabolismo do cálcio.
    A mortalidade por fraturas do fémur decresceu nas duas últimas décadas do século XX, ainda que metade dos homens e um quinto das mulheres que sofreram desse problema, em 2007, não tenham sobrevivido aos 12 meses seguintes.
    Ainda de acordo com o estudo, são menos comuns as doenças reumáticas periarticulares, a fibromialgia, artropatias microcristalinas, artrite reumatóide, espondilartropatias, doenças reumáticas sistémicas e artrites idiopáticas juvenis.
    Sendo as doenças musculoesqueléticas a causa mais frequente de morbilidade a nível internacional, e uma vez que a frequência destas patologias aumenta com a idade, prevê-se um crescimento do impacto destas doenças na sociedade nas próximas décadas, como resultado do envelhecimento da população.
    O relatório será apresentado na quarta feira às 17:00, no auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa (Campus de Campolide).



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