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27 de janeiro de 2010

Fármaco para a artrite reumatóide diminui eficácia da vacina da gripe

Um estudo recente, divulgado na revista Arthritis & Rheumatism, revela que a vacina da gripe administrada a doentes com artrite reumatóide que tomem o imunomodulador rituximab não é eficaz durante os primeiros seis meses após o início do tratamento com o fármaco, avança o site Saúde na Internet.



Mas os cientistas também verificaram que, mesmo assim, a vacina contra a gripe proporcionou alguma protecção e não piorou os sintomas de artrite.



A artrite reumatóide é uma doença que ocorre quando o sistema imunitário ataca o próprio organismo (doença auto-imune), a qual atinge cerca de 4,6 milhões de pessoas em todo o mundo. Os médicos recomendam a estes pacientes a toma da vacina anual contra o vírus influenza, incluindo a da gripe A (H1N1) deste ano, dado que os seus sistemas imunitários estão debilitados.



Neste novo estudo, liderado por Sander van Assen, do Centro Médico Universitário de Groninga, Holanda, os cientistas compararam doentes com artrite reumatóide que tomavam rituximab ou metotrexato com pessoas saudáveis que fizeram parte de um grupo de controlo.



Os investigadores verificaram que, após a vacinação contra a gripe, quem tomava rituximab precisava de mais tempo para desenvolver imunidade contra o vírus influenza.



Em comunicado enviado à imprensa, o líder da investigação adverte, contudo, para o facto de os pacientes cujos sistemas imunitários estão comprometidos, como os que sofrem de artrite reumatóide, correrem o risco de complicações se contraírem o vírus da gripe. Por isso, é aconselhável a vacinação anual para todos os doentes com a patologia, incluindo aqueles que iniciaram o tratamento com rituximab, recomenda o especialista.

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